E Amanda se perguntou naquela tarde: "O que estou sentindo, é real!?" Não
havia como ter certeza. Seu coração balançou, sentiu a recaída vir de
longe cavalgando em tua direção. Ela
havia conhecido um rapaz. Não era "apenas um rapaz", era "ele". Aparentemente, ele tinha muitas das qualidades da qual Amanda presava em
um companheiro. Inteligente, engraçado, belo sorriso. Muitas conversas depois, e ela descobriu um rapaz muito
tímido e muito de tudo aquilo que Amanda vinha procurando.
Mas, e a
recaída? Mas, e o "não quero me envolver agora porque acabei de me machucar muito"? Ela não poderia ter certeza, com tanta incerteza. Resolveu jogar
todas as cartas para descobrir. Ele, o frio, era dele a recaída. Pois
sem mais, nem menos, ela o beijou. Sim, beijou. Mas, e o rapaz?
Calma, tudo tinha uma razão. E Amanda quando acabou, percebeu toda
a razão escondida naquele beijo. Todo e qualquer tipo de sentimento que
ela achava que mantia por aquela pessoa gelada, se esgotou, e a única
coisa que veio à sua mente naquele momento foi: Bernardo. E antes mesmo que pudesse respirar, palavras vieram à sua boca: "Me
desculpe, mas eu conheci uma pessoa, e eu estou gostando muito dele e
portanto, de tão maravilhoso, eu não quero magoá-lo de nenhuma forma,
então te digo que este beijo, justamente o beijo, marca o fim de tudo, o
fim", E o ponto final foi quase como um desmaio.
É claro que a
pessoa tão fria não iria aceitar facilmente. Ele não sairia por baixo
da situação, não poderia magoar teu próprio ego. Mas nada, nada disso
afetou o sentimento de Amanda, que abriu todo o seu coração à Bernardo.
Dia
vinte e três de Janeiro, sábado, 15horas. Primeiro encontro. Amanda
acordou naquele dia 1 hora antes do despertador, chegou ao local de
encontro 1 hora e meia antes do combinado. Havia em sua testa um suor
frio irreconhecível "O que é isto Amanda? Você nunca ficou nervosa assim para encontrar ninguém, se controla gata, qualé!?" Qualé é? Verás. Quando ela avistou Bernardo, o mundo perdera o
sentido. Ele estava lindo, com um estilinho rebelde-arrumado. Amanda curtiu isso. Ele estava chegando, e as pernas de Amanda pareciam
tremer mais que o chão movido pelo trem. Aliás, foi um lugar bom de se
escolher, na estação, assim pôde desfarçar como tremia.
- Oi amor - Ele a cumprimentou fofamente com um beijo no rosto e um abraço, apesar do nervosismo estar aparente.
- Oi pessoinha - Amanda respondeu se sentindo a pessoa mais idiota do mundo "tanta coisa pra falar e você me vem com Oi pessoinha? Meu Deus Amanda, esse é o seu primeiro encontro? Você tem 12 anos?".
Amanda sentiu todo
seu corpo mexer, num ritmo lento e gostoso e, ao mesmo tempo, escutar
todas as sinfonias mais lindas do mundo. Seu coração não parava de
pular, era como se quisesse sair do peito só pra dizer pra todo mundo que ali passava apressado: "Eeeei psiu, todo mundo, eu estou
apaixonadaaa". Como se nada daquilo estivesse acontecendo dentro dela, ela olhou para ele serenamente. Caminharam juntos, lado a lado. Amanda sentiu um frio da
barriga até à cabeça quando ele pegou em sua mão. "É fato, você parece uma adolescente apaixonada, sua boba!".
E o que mais intrigava Amanda, é que há um mês atrás passara pela mesma situação, porque não sentiu
essas coisas bobas de adolescente?
Caminharam um pouco até pararem
perto de uma árvore. Seus olhos se encontraram, as mãos de Bernardo
surgiram em sua cintura. Não houve momento menos ou mais perfeito, o
beijo aconteceu. Amanda nunca sentira nada igual. Sentiu o chão desaparecer
sobre seus pés, sentiu o céu ficar mais perto. "Estou morta?" "Não, boba, você está nas nuvens". Era
amor, com toda certeza. Certeza que Amanda há pouco não tinha nenhuma.
Amanda viveu muitos percalços amorosos. Seu jeito de pensar e agir sempre foram um problema. Impulsiva, romântica e de coração gigante: uma mistura no mínimo complicada. Ela sabia que tinha que mudar pra poder viver um novo e grande amor, como esse do qual Bernardo trazia no peito. Resolveu aprender as lições que o destino estava a proporcionando. Com ele, seria tudo diferente. E foi. Desde o começo, com olhares, toques, palavras. Amanda nunca havia vivido um amor com esse. Era até surreal.
Um ano se passou, Amanda e Bernardo ainda estão juntos, namorando, e fazendo seus planos. Todos, exatamente todos que a conhecem
há pelo ao menos 3 anos, se aproximam com a mesma frase: "Amanda, como você mudou, parece mais feliz". E estava. Frases como essas ditas por pessoas das quais Amanda amava (e também das
que não amava) a fazia se sentir tão orgulhosa e pensar: "Realmente, a sorte anda comigo agora".
Bom aqui acaba os contos Amanda, cresça. Espero que os que lêram tenham gostado, e os que ainda vão ler gostem também. Foi feito de coração e qualquer semelhança, é pura coincidência (rs).
Crédito fotos: Weheartit e Tumblr.
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