Existe um ponto da vida, e esse ponto nunca é
previsível, em que a maré está baixa, o tempo está firme, e tudo parece
caminhar na perfeita ordem de um formigueiro. Nesse ponto, você começa a
se perguntar se as coisas estão realmente bem, ou se na verdade a
calmaria existe apenas na superfície, e que na verdade a tempestade só
foi sugada para as profundezas do seu oceano interno.
Eu estou nesse ponto.
Passei a me perguntar se tudo que sou é realmente o que eu deveria ser, agora. Se o que estou fazendo é o certo pra mim, pra nós. Eu passei a ver toda a história como um todo, não mais como capítulos.
Porque na verdade, todos os capítulos são diferentes entre si.
Um conta o começo.
Dois conta o meio.
Três conta o fim.
Ou seja, ler cada um separadamente não vai contar a história certa todas as vezes. Eu li essa história, toda ela, e talvez não seja a história que eu quero contar a mim mesma daqui um tempo. Nem sei se quero contá-la agora.
Eu sinto como se eu não fosse eu mesma sem você, porque eu já me acostumei olhar para o lado e ver você lá. Me machuca sim pensar que talvez amanhã eu olhe e você não esteja lá, mas eu acho que não quero mais apenas alguém para eu olhar, e sim alguém que além de retribuir olhos solidários, que realmente queira e esteja ali. Com um bom e velho: “Eu estou aqui, não se preocupe, não tenha medo.”.
Pode ser surreal e ilusório? Pode. Pode ser que eu passe minha vida inteira procurando? Pode. Mas acho que vale mais a pena a procura do que simplesmente ficar aqui porque sei que você também vai. É um comodismo que não pertence a mim mesma, que não é fiel ao meu arianismo.
Você tem o emocional de uma pedra. E eu de um furacão em atividade. Sabemos bem o que um furacão faz com uma pedra. E adivinhe só: ela não grita, não chora, não sente. Eu preciso ouvir, eu preciso sentir. Sem isso, sou só eu tentando ter um relacionamento sozinha. Ou melhor, com uma pedra.
Eu estou nesse ponto.
Passei a me perguntar se tudo que sou é realmente o que eu deveria ser, agora. Se o que estou fazendo é o certo pra mim, pra nós. Eu passei a ver toda a história como um todo, não mais como capítulos.
Porque na verdade, todos os capítulos são diferentes entre si.
Um conta o começo.
Dois conta o meio.
Três conta o fim.
Ou seja, ler cada um separadamente não vai contar a história certa todas as vezes. Eu li essa história, toda ela, e talvez não seja a história que eu quero contar a mim mesma daqui um tempo. Nem sei se quero contá-la agora.
Eu sinto como se eu não fosse eu mesma sem você, porque eu já me acostumei olhar para o lado e ver você lá. Me machuca sim pensar que talvez amanhã eu olhe e você não esteja lá, mas eu acho que não quero mais apenas alguém para eu olhar, e sim alguém que além de retribuir olhos solidários, que realmente queira e esteja ali. Com um bom e velho: “Eu estou aqui, não se preocupe, não tenha medo.”.
Pode ser surreal e ilusório? Pode. Pode ser que eu passe minha vida inteira procurando? Pode. Mas acho que vale mais a pena a procura do que simplesmente ficar aqui porque sei que você também vai. É um comodismo que não pertence a mim mesma, que não é fiel ao meu arianismo.
Você tem o emocional de uma pedra. E eu de um furacão em atividade. Sabemos bem o que um furacão faz com uma pedra. E adivinhe só: ela não grita, não chora, não sente. Eu preciso ouvir, eu preciso sentir. Sem isso, sou só eu tentando ter um relacionamento sozinha. Ou melhor, com uma pedra.
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